Måneskin: "Nós éramos os estranhos" (11/2022)
Måneskin fala com Alessandro Michele pela primeira vez na nova edição da Vogue Italia
"Nós nos entendemos imediatamente, começando pelo amor deles por Roma: é por isso que os queríamos juntos juntos para contar o glamour do Rock de um novo ponto de vista".
Måneskin: entrevista exclusiva com os protagonistas da nova edição de dezembro da Vogue Italia. Junto com eles, o diretor criativo da Gucci: Alessandro Michele.
Sempre que se encontram, a primeira coisa que Alessandro Michele pergunta ao Måneskin é sempre a mesma: "Estão cansados?". E nesse pequeno gesto de cuidado está toda a ternura que flui entre eles, que se perseguem pelo mundo desenhando os corpos um do outro, que queimam nos palcos, inflamando tudo.
Eles têm uma coisa em comum: a criação é, para eles, um ato de rebelião, e se quiséssemos rastrear o ponto onde o pavio desencadeou a explosão, estaríamos em Roma - uma cidade que, em meio ao caos, provoca admiração e um vislumbre de redenção.
Alessandro: Não quero fazer uma questão de geografia, mas de energia e trajetórias. É uma espécie de meio-termo onde a dimensão do sonho e do possível se cruzam, dando vida a um espaço de liberdade. Em Roma, as coisas acontecem porque tinham que acontecer, não se trata de dinheiro ou negócios. É uma cidade cheia de atividade, uma loba com muitos úberes e estranhas oportunidades. Viemos de uma cidade pagã, antes de ser cristã, e me sinto pagão. Temos uma relação muito íntima e pornográfica com o fluxo fervilhante da vida: queimamos no momento em que tudo acontece. A criatividade nasce e prolifera numa dimensão profundamente humana.
Damiano: Roma também te ajuda a se redimensionar: não importa aonde você tenha que ir, pode levar de trinta minutos a algumas horas, o Grande Raccordo Anulare não dá a mínima se você está em uma Ferrari ou um Panda.
No que diz respeito a Roma, você nunca contará nada a ela. Você é apenas um espectador que vivencia a cidade. Também vivo isso com Giorgia (Soleri), minha namorada que se mudou de Milão e quase nunca entende isso. Eu sempre digo a ela: "Você precisa parar de querer controlar as coisas e deixar o fluxo de Roma te levar".
Para o baterista do andar de baixo eu sou o cara do último andar, simpático e educado. "Damiano do Måneskin" não existe. A única regra que vale nessa cidade é "você me cai bem, você não cai bem".
Nesta cidade que relativiza e ameniza as diferenças, todos reivindicam o direito de opinar.
Victoria: Minha relação com Roma mudou ao longo dos anos, agora é a cidade que eu mais amo no mundo. Gosto da sua crueza: me traz de volta à realidade e, como estamos imersos em experiências malucas, nos ajuda muito. E Los Angeles, Londres e Nova York são inspiradoras, mas voltar para casa me permite sair pelo mundo sem me perder.
Não vivi muito bem quando criança: cresci em Monteverde que é um bairro muito tranquilo, e lembro que quando a gente começou a brincar na rua, no ensino médio, todo mundo nos zoava dizendo que éramos os esquisitos, que nos vestíamos de uma forma bizarra. Se fôssemos mais frágeis, isso teria nos paralizado, mas em vez disso foi acionado nosso sentimento de vingança, que nos inflamou ainda mais.
Thomas: Estou apaixonado por Trastevere (bairro), durante a pandemia fiquei em um Airbnb lá e era como morar em uma cidade modelo: 10.000 habitantes que se conhecem. As pessoas realmente se conectam com você.
Måneskin nos contou sobre Roma enquanto estava na Cidade do México, onde eles fizeram um show épico. Alessandro Michele e eu estamos ligados a eles precisamente por esta cidade milenar que deposita o pó dos deuses em seus ombros.
Victoria, Damiano, Ethan e Thomas nos contam sobre passeios pelos canais com mariachis tocando e mexicanos cozinhando nos barcos para celebrar o "Día de los muertos". Ao olhar para eles - os seus corpos preguiçosos ainda cheios de sono e contorcidos ao sol forte da manhã - penso que Liliana Segre tem razão quando diz que adora a música deles mesmo que, por vezes, tenha de se aprofundar nas letras porque "à força do olhar, perco as palavras de vista".
Os Måneskin têm esse efeito: você olha para eles e fica encantado.
Alessandro: Sou um apaixonado ávido, e quando chega o combustível para algo novo me torno um louco em felicidade. Eu já os seguia e pensava "Isso tem que acontecer", porque dialogávamos sem nem saber. Quando nos encontramos, foi como quando você faz sexo com a pessoa que gosta pela primeira vez e diz "Era óbvio que iamos fazer amor de uma forma extraordinária".
Um projeto desse tipo só pode ser realizado se houver uma grande sintonia: é um trabalho incrível, porque eles fazem tantas coisas, mas nessa hiperprodução eu me encontro novamente. Eu hiperproduzo e, juntos, damos vida a um rosário muito longo em que nós misturamos jaquetas, corpetes e todos os cruzamentos possíveis. As roupas que eu gosto são as roupas com os corpos dentro, e com eles se tem essa precisão do ritual: as roupas viram fogueira, queimam e são pulverizadas no palco.
Damiano: Já estávamos no mesmo caminho, e o nosso encontro tornou tudo mais simples desde o primeiro momento. Todas as vezes Alessandro faz essa magia: entra na nossa música e a transforma naquele impacto estético, que nos ajuda a "tocar" com os nossos corpos também.
Thomas: O aspecto que eu mais gosto em trabalharmos juntos é ver tanto profissionalismo unido a um lado artístico muito forte, que não é nada óbvio. E também nos divertimos e rimos muito durante as provas de roupa.
Qual a relação de vocês com o passado?
Alessandro: Uma coisa que minha forma de trabalhar tem em comum com a do Måneskin é que eles fazem queimar - o fogo é, claramente, um elemento do nosso diálogo - algo que já existia. Vocês pegaram um gênero adormecido, que foi taxado por alguns como "velho, em desuso" e o trouxeram para os dias de hoje, fizeram acontecer. Vocês são um "já passado" que se torna contemporâneo, é impossível decifrar.
Damiano: O que faz diferença para nós é que, sim, estamos presos a algo que vem do passado, mas não respeitamos seus cânones. Simplesmente fizemos o que gostamos, nos expressando como éramos. Aqueles que se definem como "Puristas do rock" não vão ao Festival de Sanremo ou ao Eurovision, mas não nos impusemos esse tipo de barreira. Ser popular não é uma mancha, não te suja. Ninguém abre um restaurante dizendo que não está interessado em encher o salão. Eu quero fazer uma fila lá fora.
Victoria: Quando escrevemos nossa música, fazemos o que vem instintivamente. Cada um de nós traz seus próprios sentimentos e inspirações. Eu, por exemplo, cresci ouvindo David Bowie, Led Zeppelin, Blodie e Sex Pistols. Então, quando estamos no estúdio, somos uma bela mistura de mundos diferentes: às vezes essa coisa nos leva a um choque e complica o processo criativo, mas no final o resultado nunca é a cópia de algo que já existe - porque conseguimos encontrar um novo caminho, um caminho nosso.
Thomas: é verdade, misturamos muito nossos gostos e desde que começamos como banda evoluímos com a nossa forma de tocar. Sempre tivemos uma abordagem "rock" no palco, essa eletricidade que transmitimos vem naturalmente para nós. E então, ao contrário de Alessandro, eu sou um palco nostálgico com o passado: cresci com meu pai ouvindo as grandes bandas de rock, sempre usufruí dessa atitude.
Ethan: Gostaria de acrescentar que, na minha opinião, o tempo não existe - é uma forma de ilusão. De alguma forma presente, passado e futuro são a mesma coisa e só temos a percepção de instantes que passam um após o outro. Portanto, o passado é o presente que vivemos, e o futuro é o presente que viveremos. é como quando nos imaginamos entre dois espelhos, um na frente e outro atrás: cria-se aquele túnel infinito em que cada movimento é realizado tanto pelos espelhos dianteiros quanto pelos traseiros, e se torna uma espécie de looping. A diferença entre o passado e o futuro é simplesmente essa: o passado vê as suas costas, enquanto o futuro vê a sua frente. Você está no meio e é uma mistura dos dois, e qualquer ação que você toma acontece porque você fez algo antes para chegar àquilo que fará depois.
Alessandro: Segundo a sua teoria dos espelhos, pense se você virar as costas para o futuro e olhar para o passado que, portanto, reflete o que futuro pode ser. Gosto do seu pensamento, o presente é uma experimentação perceptiva, e de alguma forma nós decidimos ele.
Qual relação vocês tem com o tempo?
Victoria: É um relacionamento complicado. Triviamente uma pessoa quer aquilo que não tem naquele momento: até dois anos atrás, quando estávamos em tour, eu sentia falta de Roma, da minha família e os meus amigos, mas quando eu voltava já me bastava uma semana e eu congelava, me sentia desorientada. Estamos em movimento perpétuo há alguns meses e é uma loucura, mas também é perigoso porque a falta de tempo pode afetar o lado artístico: pode acontecer que escrevamos uma música em cinco dias e isso é insensato - deveríamos ter todo o tempo do mundo para a nossa música.
Damiano: Eu gastaria minhas pílulas de vida perdida para estar com amigos, família, minha namorada. Gostaria de viver um convívio que não me permiti pelos últimos anos, porque sempre disse a mim mesmo que "primeiro vem os objetivos". Fiz isso com o esporte, e agora com a música. Agora que estou mais velho e tenho uma relação diferente com meus pais e meu irmão, muito mais igualitário, eu queria aproveitar esse tempo com eles.
Ethan: Eu gostarei de ir para uma montanha, procuraria um mosteiro e alguém que pudesse me ensinar o que não consigo entender sozinho.
Thomas: O tempo é um assunto que me faz sofrer muito. O que mais sinto falta é de ter tempo para crescer como músico, para trazer tudo o que eu aprendo para o nosso grupo Quando um carro anda muito rápido é realmente difícil manter uma elevada componente artística. É por isso que tenho momentos - mesmo quando estou destruído - em que começo a tocar, não quero ficar para trás dos sonhos que tenho sobre mim.
Ethan: A sensação que você acabou de descrever também é uma obsessão minha: eu a chamo de "o famoso paradoxo do artista". Antes de ficar famoso, o artista não é ninguém e tem muito tempo para estudar, quando sua arte fica famosa o artista fica famoso também, mas por causa da fama ele não tem mais tempo para fazer arte, é um looping...
Damiano: Essa é a doença que afetou a música nos últimos anos. Estamos acostumados a ver artistas sendo promovidos constantemente. Por exemplo, fico impressionado com a quantidade de trabalho que Harry Styles tem, que provavalmente não parou um dia nos últimos quatro anos. Por um lado eu digo "Nossa, que força de vontade!", mas me pergunto se é certo acostumar nosso público a esse tipo de consumo e esquecer que somos seres humanos. A superexposição e trabalhar muito além de seus meios é o que destruiu as carreiras dos melhores artistas das gerações recentes. Quando você não pode mais viver sua vida porque, por um lado, está sobrecarregado de responsabilidade e, por outro, é consumido pelo medo de desaparecer (o que acontece se eu disser não à uma entrevista, à TV, a turnê), você começa a sufocar.
Eu evitaria criar uma segunda onda de musicistas que enlouquecem ou morrem por uso de medicamentos: existem muitos bons artistas por aí, eu os manteria saudáveis pelos próximos anos.
Alessandro: Eu já era crescido quando me tornei conhecido no mundo da moda, tinha quase quarenta e dois anos, e entendi que você tem que ficar perto de quem você é e para onde você vai: tem que se amar muito e tem que amar ainda mais o que você faz. Também devemos aprender a dizer muitos nãos. Somos seres humanos que gostam de criar mundos: Vocês imaginam sons que não existem e os junta, eu vejo coisas que ninguém vê. É um grande dom poder compartilhar com os outros o que sentimos e o que queremos dizer.
As coisas que eu faço precisam corresponder comigo: contanto que haja um pouco de vocês na música que produzem, essa sinceridade valerá a pena.
Nas horas vagas, por exemplo, estou praticando o ócio. Ainda estou aprendendo, porque estou acostumado a sempre inventar alguma coisa. Estou experimentando de uma forma não filosófica, mas prática, o que acontece se eu encontrar um espaço para dizer "eu consigo resistir a não fazer nada". Em minha vida desenvolvi uma culpa calvinista por não fazer nada, mas a ociosidade é criativa, é uma prática que ajuda a desenvolver os sentidos.
Comparado com Alessandro Michele e o Måneskin, sou um iniciante em viagens: escrevo livros e pego aviões e trens para acompanhá-los ao redor do mundo, mas nada se compara ao ritmo de suas vidas. No entanto, me movimentar e dormir em hotéis é sempre um pouco alienante para mim, me deixa desconfortável. Por isso, muitas vezes me aprgo aos cheiros: quando sinto um cheiro que me lembra de casa, me sinto menos sozinho. E descobri que isso também se aplica ao Ethan...
Ethan: Os cheiros são muito interessantes, muitas vezes não percebemos, mas eles não portais do tempo. Outro dia, por exemplo, senti um cheiro que havia removido da minha memória e que fisicamente me trouxe de volta a um lugar que eu não pensava há muito tempo. Morei em um ano em um trailer, eu não tinha muitos recursos financeiros na época e a cozinha do meu trailer tinha um cheiro bem específico. Quando voltei a sentí-lo, pensei com muita ternura: "eu tinha esquecido!"
Damiano: Para mim não são os cheiros, mas muito pêlo de gato. Minhas roupas estão sempre cheias de pelos de gato, toda vez que abro minha mala me lembro dos gatos, então eles são minhas portas temporais: me levam de volta para casa. A propósito, os gatos praticam a ociosidade como profissionais!
Alessandro: É verdade, os animais são grandes mestres do ócio: eles vivem nesse lapso cosmico que é belo. O agora é, para eles, uma expansão contínua enquanto nós, inquietos, nos preocupamos com um futuro pronto para nos punir com nossas escolhas.
Thomas: Deixei de ter animais de estimação: aos onze anos escolhi meu amado peixe-piranha, eu o amava tanto, e esteve comigo durante 10 gloriosos anos, mas depois ele morreu. Não queria substituí-lo por ninguém, e ainda vou vê-lo de vez em quando - enterrado no pátio do prédio, então sempre o tenho por perto.
Alessandro: Você agiu como Peggy Guggenheim, que queria que todos os seus cachorros fossem enterrados ao lado dela. Com o meu companheiro temos um ritual: cada vez que vamos a Veneza vamos visitá-los, paramos na frente das lápides e lemos os nomes - que sei de cor: Cappucino, Hong Kong, Gypsy, Baby... A relação que temos com essas criaturas são misteriosas, quase xamânicas: nelas buscamos nossas necessidades, gostamos delas porque nos permitem reencontrar um diálogo perdido, afetuoso e íntimo...
Mas eu tenho outra curiosidade, mesmo que já tenham perguntado muitas vezes, eu gostaria de entender a relação de vocês com a Victoria, para quem vê de fora parece haver uma grande cumplicidade entre vocês.
Damiano: é como naquelas famílias numerosas, com muitos irmãos e irmãs. Depois de m tempo você esquece que sua irmã é uma mulher.
Thomas: Passamos tanto tempo juntos que não existe mais essa coisa, não existe aquela barreira que normalmente se sente entr os gêneros
Damiano: Exatamente, não existe o constrangimento de querer impressionar o outro ou o medo de parecer que está tentando alguma coisa. Todos nós sabemso que nenhum de nós tentará algo com a Vic, e que a Vic nunac tentará algo com a gente, somos amigos. Ela quer ficar nua na nossa frente? Ela fica nua na nossa frente. Todos nós fazemos o que queremos, depois de sete anos ainda somos os mesmos.
Victoria: Nessa nossa família eu não sinto nenhum tipo de diferença. Sou muito livre. Em geral, o gênero das pessoas não pode e nem nunca deve ser discriminatório, mas acho que tenho sorte: nunca fui tratada de forma diferente por ser mulher. Nem sempre é assim, existem muitos ambientes onde a diferença de gênero cria um tratamento desigual e inaceitável, onde você se sente constantemente sexualizada, inspecionada e tratada como um objeto.
Ethan: Também quero dizer que nascer com vagina ou pênis não faz de você uma mulher ou um homem. Eu me interesso pela alma das pessoas, que não é masculina e nem feminina: é simplesmente uma energia.
Ouço-os falar sobre isso e penso nos versos de Rupert Brooke: "Vou tentar encontrar o melhor entre os meus desejos: eles não hesitam em repetir condicionais, têm aquela sede que os faz continuar enquanto tenho a certeza de que sempre vou perder tudo: eu durmo e enquanto isso o mundo brilha".
Mas então, Thomas conta sobre uma noite em que esteve na casa de Madonna.
Thomas: Vic sai todas as noites, eu também gostaria mas às vezes é difícil de acompanhá-la. Há alguns dias conheci um italiano que mora em Nova York e ele me convidou para uma festa. Eu fui enquanto a Vic, estranhamente, voltava para o hotel: acho que foi a primeira vez em dois anos que isso aconteceu. E o que me aconteceu foi que acabeii sentado ao lado da Madonna. Liguei para a Vic e disse "Vic, estou na casa da Madonna", ela ficou irada.
Victoria: Foi horrível! Mesmo que eu esteja distruída, eu sempre saio porque tenho medo de perder as coisas - e eu tinha razão: a única vez que eu fui dormir direto, perdi a festa na casa da Madonna. Então, essa é uma clara demonstração de que eu tenho que sair ainda mais vezes!
Alessandro: Vocês tem tarefas para agradar uns aos outros no seu cotidiano? Algum de vocês é particularmente bom em alguma coisa? Por exemplo, eu sou o guardião dos remédios: sei onde está tudo e meu companheiro, quando precisa, me pergunta. Ele mesmo pode levá-los, mas é um gesto carinhoso que gosto de ter com ele.
Damiano: Posso contar com o Thomas porque ele é curioso, adora entrar em situações que não conseguiria terminar sozinho. Por exemplo, ele veio comigo aos jogos da NBA mesmo não sendo fã de basquete. A Vic é a mais organizada em termos de agenda e sempre nos lembra dos compromissos, mas sempre chega 15 minutos atrasada! Ethan é o interlocutor perfeito: ele tem habilidades platônicas, podemos conversar por horas e horas.
Thomas e Victoria: Damiano é muito pragmático, sem vaidades e vai sempre direto ao ponto. É uma rocha.
Alessandro: Talvez nunca terminemos esse papo, gosto muito de vocês porque têm um dom precioso: estão em contato com a vida. Talvez para vocês seja um reflexo inconsciente, mas quando os encontro sinto esse choque elétrico. Vocês tem uma bela consciência, e isso é algo importante a se cuidar.
Fotos: Hugo Comte
Texto: Chiara Tagliaferri © VOGUE ITALIA | 21 de Novembro de 2022
Tradução: Juliana Galvão | Portal Måneskin Brasil
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Amei conhecer mais eles.